sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Não é preciso me guardar,
pois a vida foi feita pra ser vivida.
Não há espaço para o amor,
caso a vida seja contida.
E quando a entrega chegar,
não tenha medo da dor.
Tenha medo de não viver
o que o momento nos guardou.
Das melhores vivências,
a mais simples e bela,
o AMOR.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Nessa vida
Tive tantos encontros com a morte,
que se não fui por sorte,
a considero minha melhor amiga.
A cada noite de sono velado,
por ela guardado, renasço sempre
como um novo dia.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Serei(a)mor.

Quando criança, pensei por muitas vezes
ouvir no horizonte a brisa do seu canto.
Ainda não havia me lançado às águas do mundo,
para ter a certeza de onde vinha esse encanto.
Crescendo em meio a um mundo de desencanto.
Sabendo a dor de uma jornada longa,
Grita meu corpo, desde o início,
sempre a clamar pelo teu encontro.
Desde que o mundo me foi apresentado
navego por águas rasas e profundas.
Tentando discernir, aquele canto
que de longe, em vigília,
cuidava sempre em silêncio
até dos mais leves dos meus sonos.
Me disseram por várias vezes
que o caminho da vida é como navegar.
Já que não se pode ter medo
dos rios e mares que irá encontrar.
Beirando a superfície,
ouço cantos em águas rasas.
tornando fácil a descoberta
que o canto que procuro, por lá não está.
E das profundas que mergulhei
por mais que a vontade insistisse,
jamais até então, ouvi de verdade o seu cantar.
Parece uma jornada interminável,
tanta água, tanta vida, intensamente vivida.
Quando ouvia cantos parecidos
por vezes apreciava, mas no fim,
acabava sempre tapando os ouvidos.
Assim, numa noite inesperada,
em meus ouvidos o vento sussurra o teu cantar.
Parecia que todos os detalhes do mundo
assim como luzes na escuridão,
me guiaram para este caminho
como se fosse o único lugar,
em que poderia lhe encontrar.
E encontrei.
Aproximei meu barco do cais,
parei pra ouvir seu canto.
Tantos anos em águas turbulentas,
que na mais calma delas,
talvez eu não saiba como me comportar.
Desta vez, tudo ficou calmo.
Só meu coração sabia o que falar.
Se tivesse chegado mais perto
ouviria meu peito gritar,
assim como pulsa no navio,
aquele velho sonar.
Era este o canto, que desde criança,
o tenho guardado preenchendo
muitas das minhas lembranças.
Ela, que em seus cantos silenciosos
ecoava pelas veias do mundo.
Guiou meu rumo pra perto, 
e assistiu sorrindo meu navegar.
Mal sabia a sereia, que o grande amor desse marinheiro
começava na busca pelo seu canto,
pra finalmente em um abraço descansar.
Cantou tão alto e forte, que já não podia respirar.
Veio como um sopro em meus ouvidos,
assim como a brisa venta no mar.
O que serei do amor, o que serei(a)mar.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Vivo em busca de viver sorrindo.
Mesmo sabendo que na vida nem tudo são flores.
Companheiro dos meus caminhos, sorrir com a vida 
tem se tornado um fato indispensável. 
Vejo de forma nítida que até o presente momento,
não somos o que somos graças somente às coisas 
boas que nesta vida acontecem.
É no caos adverso do agora que nos reestruturamos 
para o amanhã que talvez venhamos a conhecer.
E já que a vida segue composta por diversos caminhos, 
por que não segui-los com um sorriso no rosto?
Rios me preenchem o coração, que seguindo seu fluxo 
transformam minha vida num oceano.
Assim vejo-me criando memórias diárias.
Memórias estas, que me constroem e constrói 
o caminho pelo qual eu sigo.
Vivo à sorrir com a vida e não mais apenas dela.
Para que nos momentos bons, deixe sempre escapar 
aqueles que vem como reflexo da minh'alma.
E no surgir dos momentos ruins, mergulho nas águas 
de minhas memórias trazendo à superfície todas elas, 
sejam boas, ruins, minhas, de tudo e de todos 
que meus olhos um dia pousaram. 
Nestas águas que sempre encontro fragmentos de vida 
e lições que me trazem motivos maiores pra seguir 
meu caminho ainda sim sorrindo. 
Não me importando o tempo, seja por um segundo 
ou por toda uma vida.
Vivo para tornar claro aos que estão ao meu lado, 
algo que não necessita de esforço para adivinhar. 
O que estarei fazendo quando meu "fiim" chegar?

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Quando olho para o tempo
e me perco em sua grandeza
percebo vidas que se cruzam,
desde um mero reflexo em
águas tranquilas, à pegadas
que se encontram com
as que faço em meu caminho.
Consigo assistir metáforas
sobre toda minha vida.
Olhando pro passado, em minhas
memórias trago as melhores lições.
Que o tempo no seu tempo me deu.
Assisto os momentos tristes
serem grandes motivos para
os sorrisos que hoje me transbordam.
Acaba sendo abstração e indiferença
perante aquilo que taxaram como mal.
Tentando sempre dar mais força
para o que entendo como bem.
Vejo os próximos minutos com a mesma
importância dos dias, meses ou anos
que o futuro tende à me reservar.
O tempo que caminharei junto
deste corpo ainda é dúvida.
Seja pelos próximos cinco minutos
ou cinco décadas, a minha jornada
será feita destes encontros com o tempo.
Eis o maior motivo de sempre sorrir.
Os tempos de equilíbrio, trazem
nas coisas mais singelas a vida
mesmo que escondida,
sempre à sorrir de volta.
garantindo que o meu futuro
seja tão bom quanto o agora,
graças a tudo que vi e vivi
até poucos minutos atrás.

Enfim, no tempo das coisas
sempre dá tempo.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Quando se vive exclusivamente
em função do amanhã, 
acaba-se vivendo também 
em função de outra pessoa, 
o "eu" do futuro.
Aproveito cada vez mais o agora, 
tentando não apenas sobreviver.
Pois o tempo tudo muda, 
inclusive a nós mesmos.
Hoje o pouco me transborda, 
vibro de felicidade com todos
os pequenos detalhes da vida.
Na realidade, hoje tento viver
pela vida e não apenas por mim.
Pois a cada dia que nasce,
tudo que pertence  ao meu mundo 
e a minha vida, colherão os frutos
das experiências que a vida em sua essência
a todo momento nos presenteia.
Então que tal começar com um sorriso?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Noite fria, na cama deitado minha porta abre
Com um sorriso largo, vejo você invadir meu quarto
Invadir meu peito com toda essa saudade
Malas ao chão, em um pulo está em minha cama
Senta-se sobre meu corpo, com tuas mãos em meu rosto
Sinto os arrepios em teu braço
Aos poucos vem chegando mais perto
Eis que o beijo quente nesta noite fria acontece
O mundo ali parou por alguns instantes
Foi algo que por tempos era esperado
Sorrisos, carinhos, mergulhos.
Éramos nós, não mais a sós.
Nesta saudade sendo afagada
Deita-se ao meu lado, do teu lado esquerdo.
Pele quente em noite fria.
Quão bom é ter você
Solos e acordes de Jerry Garcia
Fazem daquele momento a trilha perfeita
Aos poucos o frio se despede
Deixando em seu lugar todo nosso calor
Calor este onde dois corpos juntos formam apenas um.
Não mais haverá cobertores,
Não mais haverá dores de saudade.
Tudo começa ali, naquele momento
Onde o tempo lá fora continua em câmera lenta
A cada parte do teu corpo tocada por minhas mãos,
Sinto, vejo, desejo o arrepio de sua pele.
Nossos sorrisos que nos encantam,
Fazem de toda essa cena algo mágico.
Histórias, conversas jogadas fora,
Toda a saudade de quem um dia foi embora.
Um vinho aberto,
Um cigarro aceso
Ventos da madrugada soprando.
Hoje o mundo inteiro se resume numa simples cama.
Lugar este que enquanto estivermos
O tempo continuará parado lá fora.
Filmes, músicas, mergulhos inacabáveis.
Era tudo isso que esperávamos para este momento.
História simples de ser contada.
E melhor ainda de ser vivida.