terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Corpo de Menina.

Uma ligação, um oi e nossos destinos se cruzam.
Descubro em você uma pessoa indefesa.
Que ainda tem o mundo afora a descobrir e a conhecer.
Sentimento de proteção a cada dia cresce em mim.
Teus braços me cobrem e por alguns instantes me sinto protegido.
Respiração ofegante beijos intermináveis e carinhos intensos.
Assim tem sido nossa relação.
Relação que nos faz bem.
Pelo menos para mim.
Sinto que cada dia que vem a se passar nosso afeto cresce.
Mas junto com o crescimento dos nossos sentimentos, cresce em mim a preocupação.
Preocupação contigo mesma, pois ainda não conhece o mundo.
Não conhece o que ele tem a lhe oferecer.
E eu não posso lhe tirar isso.
Aos poucos vou me afastando.
Não para lhe magoar.
Mas sim para você começar a entender como o mundo e cruel conosco.
Tu ainda és uma menina.
Que tem muito que errar e aprender com os erros.
A cada beijo que recebo de ti;

Sinto junto com o prazer a tristeza de saber que os mesmos não continuarão por muito tempo.
Descubro que você me Ama.
Meu coração se parte.
Não pelo fato de não poder corresponder o mesmo.
Mas sim pelo fato de me preocupar contigo.
Sinto medo de lhe magoar e de me magoar.
Medo de errar em não me dar à chance de aprender a gostar de você.
Medo de errar em aprender a gostar de você.
Medo de nos magoar.
Então decido encerrar nosso relacionamento.
Feliz por saber que tu terás um mundo inteiro pela frente.
Mas triste por não tentar ser feliz ao teu lado.
Não me arrependo da minha escolha.
Pois hoje vejo em você uma mulher.
Responsável e ao mesmo tempo, indefesa como antes.
Ainda de longe me preocupo contigo.
Tento de alguma forma te proteger.
Ainda sabendo que em mim ainda tem uma pequena chama de sentimento por ti acesa.
Queria hoje sentir teus beijos como ontem.
Queria hoje ter você em meus braços como ontem.
Queria ainda lhe proteger como antes.
Hoje somos bons amigos.
Feliz e triste por essa escolha da vida.
Mas sabendo que essa foi a certa.
E que um dia quem sabe com a maturidade das duas partes;

Venhamos a nos tornar um novamente.

3 comentários:

Ana Cláudia Zumpano disse...

Lindo! Lindo!
Eu com meus 19 anos, lendo este texto vi todo conflito que envolve um relacionamento, um amor jovem. É assim mesmo, cheio de medos, sonhos, dúvidas... mas o amadurecimento, mesmo que mude o final da história, é a melhor sensação!
:*

Anônimo disse...

Robinhu,
O tempo pode passar o que for;
Escorrer como água,
Evaporar como Vapor,
Desintegrar como pó;
Que não importa,
teus pensamentos ainda são belos;
Tuas palavras ainda são certas;
Sendo de tristeza ou de alegria;
de transtorno ou calmaria;
Sempre vai ser daquele garoto que conheci no colegial;
Que de gesto em gesto aprendi a amar!!!
Você ainda é um fenômeno jogado sozinho com o alfabeto!!!!
Esse é o primeiro comentário de vários outros!!!
Te amo!!

Anônimo disse...

Sendo apenas uma leitora de suas crônicas, já me faltavam palavras para rascunhar um comentário; imagine agora, fazendo parte da história, comprovando cada palavra, relembrando cada momento. É incrível! Estou emocionada mesmo e não nego.
Há muito tempo recebi essas palavras de você, contando a nossa história. Engraçado como naquela época eu não percebi todo o peso que esse final de texto trazia. Hoje tenho a constatação de quê o final ainda não veio e quer saber? Tampouco me importa quando ou como ele venha. Estou contigo até o final, negão. Seja lá como for.

:*